Em teoria, ERA para o ser humano continuar evoluindo. Isso na teoria, pois na prática vemos uma minúscula parcela da população que evolui e em sua maioria a população mundial “desevoluiu”. Essa “desevolução” não atinge a evolução física que nos diferencia dos macacos e sim, a evolução cultural, moral, intelectual, ética. A regressão humana é muito mais acelerada que a evolução. Se o homem levou milhões de anos para chegar onde está, certamente levará muito menos (talvez uns 50 anos) para completar sua regressão.
Prova disso é o fator ambiental. O ser humano sabe que precisa cuidar do meio ambiente porque não há outro planeta para ir morar quando esse se esgotar, no entanto, a única coisa que vemos é o ato consumista que produz cada vez mais lixo, mais poluição da água, do solo, do ar... A destruição das florestas para que não falte o churrasquinho do fim de semana, afinal, boi precisa de pasto e não de florestas (curiosamente um terço da população mundial passa fome), rios completamente tomados por esgoto das casas e das indústrias, cada vez mais bebês nascendo com doenças e deformidades causadas pela sujeira lançada no ar pelos carros, fábricas, queimadas. Ao mesmo tempo, ações que visam combater esse mal, parecem inúteis, já que a parcela evoluída da população é tão pequena. Será que o ser humano não enxerga que seu consumo desenfreado destrói o planeta?
Não é só isso. Temos também o fator “egoísmo”, que também é prova de nossa “desevolução”. Não prego o comunismo, mas devemos observar a péssima distribuição, não só, de renda, mas também de tecnologia. De que adianta inventar aparelhos de televisão em 3D, se milhões de pessoas no mundo todo não possui acesso a remédios básicos, água potável, comida, saneamento básico? Essa cegueira causada pelo egoísmo não nos permite enxergar isso. Todo mundo quer o aparelho de televisão em 3D, mas poucos tiram dinheiro do bolso para ajudar alguma ONG que tenta melhorar as condições de vida desses miseráveis. É conveniente não enxergarmos, é mais fácil fingir que essas coisas não existem, e se por acaso, alguém enxergar, trata como se não fosse problema seu. Não existe empatia em relação a outras pessoas fora do nosso campo de visão. Tanto que, muitas vezes, essas coisas acontecem em baixo de nossos narizes e não nos importamos. Não estou me referindo somente àquelas crianças africanas que aparecem na televisão, mas muitas vezes a uma pessoa que mora perto da sua casa.
Você não acha impressionante que, em pleno século XXI, mesmo com toda globalização, ainda existam guerras? O ser humano não aprendeu a dialogar e respeitar o que e quem é diferente, apenas se acham no direito de subjugar qualquer espécie, mesmo humano, que não esteja conforme os padrões estabelecidos por sua sociedade.
É óbvio que não estamos certos. O ser humano dá claros sinais de que caminha para a extinção. Acho que seria o ideal, talvez esteja mesmo na hora de darmos lugar a uma espécie que realmente vá dar valor ao planeta onde vive. Poderiam ser os golfinhos!
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Há um ano
